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Colecionismo de Bilhetes de Loteria

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O que é Loterofilia

by Sylvio Luongo last modified 22/08/2008 15:32
Contributors: Jamil Roll do Amaral
Publicado no jornal O FENAL nº 19 de 09/1996

A finalidade deste artigo é fazer com que você também venha a fazer parte do fascinante mundo do colecionismo de bilhetes de loteria e da amizade fraterna.

O jornal O FENAL, informativo da Federação Nacional dos Empresários Lotéricos publicou em vários números comentários do companheiro e colecionador Akiyo Shibata, do Clube Filatélico e Numismático de Pompéia-SP, sobre colecionismo de bilhetes de loteria.

Como entendemos que esse tipo de colecionismo que traz aspectos culturais, educativos e históricos de nosso país, representa também um incentivo nas vendas da loteria de bilhetes tradicional, vamos iniciar uma série de artigos sobre essa modalidade de coleção.

Em vários países do mundo, as próprias loterias incentivam esse tipo de colecionismo, criando para isso departamentos especializados que coordenam essa atividade, como por exemplo, na Loteria Nacional da Espanha.
Essas loterias se conscientizaram que isso propicia um aumento nas vendas de seus bilhetes, que continuam sendo procurados mesmo após a data de sua extração.

Da mesma forma como acontece na filatelia e numismática, os bilhetes de loteria não premiados são comercializados por firmas especializadas e possuem uma infinidade de colecionadores.

Aqui no Brasil, infelizmente, a Loterofilia ou Lotofilia (coleção de bilhetes da Loteria Federal), está restrita a um pequeno número de abnegados colecionadores, que procuram divulgar o movimento através de contatos pessoais, distribuição de álbuns para colecionismo, procurando manter correspondência com os interessados e conseguindo espaços nos jornais e revistas, na tentativa de recrutar novos adeptos para este "hobby".

A própria Caixa Econômica Federal, em várias oportunidades, tentou lançar e distribuir um álbum para colecionar as frações dos seus bilhetes, mas no momento de concretizar esse intento deixou de fazê-lo, em parte devido à sua burocracia e à inexistência de verba publicitária.

Em vista disso, em 1986, resolvemos lançar no Brasil o primeiro álbum para colecionar bilhetes da Loteria Federal do Brasil (Álbum de Lotofilia) e o fizemos através de nossa firma a Casa Luongo Loterias, distribuindo-o como brinde para nossos clientes e para os colecionadores que nos solicitaram. Apesar de sua tiragem não ter sido muito elevada, ainda temos exemplares disponíveis.

Posteriormente, tentamos agrupar os principais colecionadores do Brasil em torno de uma Associação, mas o falecimento prematuro de dois deles, o professor Beiriz, do Rio de Janeiro, e de Jamil Roll do Amaral, do Rio Grande do Sul, fez arrefecer o movimento, que pretendemos reiniciar novamente.

Aproveitamos a oportunidade para transcrever aqui um texto do saudoso companheiro Jamil RolI do Amaral:

O bilhete de loteria é um misto de selos e cédulas

Uma alegria sempre renovada para o filatelista e o numismata é a conquista de peças raras para suas coleções. Muitas histórias têm sido divulgadas sobre situações sérias, hilariantes, históricas e curiosas, a respeito de selos e cédulas.
Se atentarmos bem, veremos que o selo é um pedacinho de papel, colorido, bem impresso, que conta histórias, divulga fatos atuais e passados, e bom de colecionar pelas suas pequenas dimensões. 

O colecionador de cédulas detém aquele porte de conquistador. Não é para menos, pois conseguir dinheiro de vários países e épocas, torna-o vitorioso. E, como é gratificante exibir suas coleções, tanto para leigos como para companheiros da mesma lide. Pois o bilhete de loteria é um pedacinho de papel, colorido, de dimensões mais ou menos igual à de uma cédula. É um selo do tamanho de uma cédula.

O bilhete de loteria também conta histórias, homenageia fatos e, quando colecionado por Estados e países, nos dá a conhecer costumes antes ignorados, justamente por não percebermos de que é possível, é simples, e além de tudo é barato colecioná-los.
A coleção de bilhetes de loteria é conhecida por Loterofilia (como na Espanha) ou como Lotofilia (coleção de bilhetes da Loteria Federal).

Uma das vantagens de ser Lotofilista ou Loterofilista como alguns colecionadores preferem para as demais loterias, é que, enquanto os selos são editados duas ou três vezes por mês, e apenas por um órgão emissor, os bilhetes circulam nos Estados quatro vezes por mês, e no Brasil (Loteria Federal) oito vezes por mês. A tomada dessas peças, se o loterofilista mantiver correspondentes em vários Estados, desenvolve-se num ritmo acelerado e constante, renovando seu afã, aliado à satisfação de conquistar novas amizades pelo Brasil e também no exterior.

Como a Lotofilia ainda está engatinhando, os poucos adeptos se harmonizam, numa espécie de abraço gigante, e procuram mostrar aos amigos e colegas que ainda não despertaram para essa novidade, o valor inestimável de possuir esses pedacinhos de papeI colorido do tamanho de uma cédula, que, se não procurados com regularidade nas casas lotéricas, tornam-se raros já na primeira semana depois do sorteio, posto que são jogados fora pela grande maioria dos apostadores."

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O pioneiro da loterofilia no Brasil, Sylvio Luongo, extraiu de seu numeroso acervo de bilhetes de loteria a série "Vultos Históricos da Pátria", lançada pela Caixa Econômica Federal em 1971. A visão de conjunto com todas as ilustrações possibilita uma experiência única aos leigos e aficcionados dessa nobre modalidade de colecionismo: o resgate histórico acompanhado de belíssimas ilustrações. Esse trabalho resulta de uma paixão que começou em 1925 com a inauguração da Casa Luongo, pioneira nacional no ramo de loterias.

Sobre o Autor

Sylvio Luongo

Sylvio Luongo

O pioneiro da loterofilia no Brasil, ex-presidente da ALESP - Associação dos Lotéricos do Estado de São Paulo e ex-diretor da Fenal - Federação Nacional dos Lotéricos.